quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Ser ou estar feliz?

Parece-me que a felicidade é mesmo um estado de espírito.
A mesma situação, o mesmo lugar,
As mesmas pessoas,
A mesma brisa, ou falta dela...
E onde ainda agora era alegria, só resta tristeza,
Onde havia certeza, transborda por quês.

Sou uma incógnita para mim mesma,
A indecifrável incerteza do ser.
Amanhã volto a sorrir.
E como veio a agonia,
Também assim partirá.
Mais um dia feliz!
Sorrisos e brilho no olhar.

Eu sou assim...
Às vezes sol, às vezes lua.
Pura, impura, velada, nua...
Bem queria ser toda calor, e seria...
Se em momentos fugazes, ou não,
A face sombria e melancólica,
Que é parte do todo de mim,
Não me esfriasse o peito e me fizesse só,
Mesmo rodeada de gentis e amigáveis rostos.

Alguém há que sinta felicidade por inteiro?
A parte que sou neste instante nada sente, além de vazio...
Não sei se à noite ou pela manhã, ou se daqui a segundos,
Serei, novamente, a parte de mim que é feliz.

Eu mal sei o que sou neste instante,
Nem delinear o que sinto.
O que poderia saber do seguinte?
Tenho comigo que quem pensa saber tudo de si,
Não se conhece tão bem assim.

2 comentários:

Diego Rocha Guedes de Almeida disse...

Mais um excelente texto, que faz como tema uma questão tão importante, tão presente, tão real, o ser ou não ser de que somos formados e deformados diariamente... Ser ou estar feliz?
Parabéns pelo texto Cida.

Anônimo disse...

Olá Cida, boa noite!

Ótimo texto... Os dois últimos versos são muito inspiradores. Reconhecer a ignorância é sabedoria (Socrates).

Heliabe

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