domingo, 17 de julho de 2011

Motim

Ontem, num lapso de distração

Da atriz que mora em mim,

Um motim de lágrimas

Estourou de meus olhos.



Refugiaram-se, quase todas,

No meu sorriso gelado.

Algumas, porém, preferiram

O alento do meu colo,

E essas aproveitaram

pra implorar ao coração

Que desobstrua a fonte

pra que corram, livremente.

Porque a dor que se finge não sentir, nunca sara, nunca passa.

Torna amarga a nossa alma. Desencanta, rói e mata.

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